O amor pode ser uma tortura

O amor pode ser uma tortura

quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

“Sou um animal sentimental me apego facilmente ao que desperta meu desejo, tente me obrigar a fazer o que não quero você vai logo ver o que acontece. Acho que entendo o que você quis me dizer, mas existem outras coisas. Consegui meu equilíbrio cortejando a insanidade, tudo está perdido mas existem possibilidades. Tínhamos a ideia, mas você mudou os planos, tínhamos um plano, você mudou de ideia. Já passou, já passou - quem sabe outro dia. Antes eu sonhava, agora já não durmo, quando foi que competimos pela primeira vez? O que ninguém percebe é o que todo mundo sabe, não entendo terrorismo, falávamos de amizade. Não estou mais interessado no que sinto, não acredito em nada além do que duvido. Você espera respostas que eu não tenho mas, não vou brigar por causa disso, até penso duas vezes se você quiser ficar. Minha laranjeira verde, por que está tão prateada? Foi da lua dessa noite, do sereno da madrugada, tenho um sorriso bobo, parecido com soluço enquanto o caos segue em frente com toda a calma do mundo.” Legião Urbana, Sereníssima.
“Quem me dera ser andorinha para migrar quando chegasse o inverno e só voltar quando o sol inundasse os dias, derretendo o resto da geada e pintando o céu mais uma vez. Ah! Quem me dera poder voar bem alto quando o chão fosse perigoso e a terra, barulhenta de mais para os meus ouvidos e meu coração. Pudera eu ter asas do lado de fora para quando eu fosse fugir não precisasse voar para dentro de mim e, sim, para o mundo. Esse imenso mundão que me espera de braços abertos quando o meu peito fica pequeno para tanto drama. Mas, céus! não tenho asas. Não sou andorinha, não sou anjo, não sou pomba branca, não sou gavião, nem mesmo um avião eu posso ser. Sou gente, só tenho asas na mente e na alma e, por isso, quando quero levantar voo, eu escrevo. Escrevo como se estivesse batendo as asas em direção ao sol.” Rio Doce

quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

"Não sejamos ridículos; quem escolheria a homossexualidade se pudesse ser como a maioria dominante? Se a vida já é dura para os heterossexuais, imagine para os outros. A sexualidade não admite opções, simplesmente é. Podemos controlar nosso comportamento; o desejo, jamais. O desejo brota da alma humana, indomável como a água que despenca da cachoeira. Mais antiga do que a roda,a homossexualidade é tão legítima e inevitável quanto a heterossexualidade. Reprimi-la é ato de violência que deve ser punido de forma exemplar. Negar a pessoas do mesmo sexo permissão para viverem em uniões estáveis com os mesmos direitos das uniões heterossexuais é uma imposição abusiva que vai contra os princípios mais elementares de justiça social. Pessoas que se opõem a relações entre homossexuais tem o direito de discutir e recomendar aos seus filhos que não o façam, mas não podem ser fascistas a ponto de pretender impor sua vontade aos que não pensam como eles. Afinal, a menos que seus dias sejam atormentados por fantasias sexuais inconfessáveis, que diferença faz se a colega de escritório é apaixonada por uma mulher? Se o vizinho dorme com outro homem? Se, ao morrer, o apartamento dele será herdado por um sobrinho ou pelo companheiro com quem viveu trinta anos?" Fonte: Drauzio Varella
Na verdade, toda crítica nada mais é do que uma opinião pessoal mascarada como verdade universal. Na grande maioria das vezes ela não serve para nada mais do que servir aos caprichos daquele que critica. Toda opinião que os outros dão sobre você representa a percepção deles, mas não representa quem você é. O perigo é quando você deixa que esta percepção alheia se torne a sua realidade. Existe uma série de motivos pelo qual somos tão suscetíveis à críticas: o medo pré-histórico de ser rejeitado pelo grupo (e, com esse medo, o desejo de querer agradar aos outros); o fato de termos crescido ouvindo muito mais críticas do que elogios; o medo de que descubram que não somos perfeitos (como se isso ainda fosse segredo!); a conclusão radical de que quando não somos perfeitos é porque temos algum defeito inato; autoestima insegura devido à nossa própria falta de reconhecimento de nossos talentos; viver numa sociedade onde se julga a pessoa quando o seu comportamento é inadequado, ao invés de se julgar apenas o comportamento ( o que nos faz ter a ilusão de que sempre que fazemos algo que não dê certo é porque o nosso ser, como um todo, é ruim). O que se torna necessário então é um plano de defesa contras as críticas. A primeira regra a lembrar é que toda crítica é projetiva, ou seja, ela tem mais a ver com quem critica do que com você. As pessoas se esquecem das críticas que fazem, mas se você se deixar influenciar, talvez tome decisões infelizes que podem afetar o resto de sua vida. O importante então é lembrar que as críticas são passageiras, mas você permanece. Outra técnica de defesa é perguntar de quem vem a crítica. A única crítica construtiva vem daquele que já atingiu sucesso, caso contrário é apenas uma opinião pessoal que pouco tem a ver com a realidade. A terceira opção de defesa é lembrar que o pessimismo é uma praga mundial e já se tornou parte do paradigma coletivo. A crítica nada mais é do que um foco pessimista. Toda situação é multifacetada, podendo ser vista de várias maneiras, mas o pessimismo já é um habito tão inconsciente que as pessoas são experts em ver somente o lado negativo. Isso quer dizer que o lado positivo não existe? Não, quer dizer simplesmente que a habilidade de ter uma percepção positiva está atrofiada no pessimista. Além das opções acima para se defender da crítica alheia, é imperativo que trabalhemos no nosso processo interno de reforço de nossa identidade. Muitas pessoas passam a vida vivendo com metade de sua identidade, metade de sua força, metade de seus talentos, pois a outra metade está coberta pelas críticas recebidas (e aceitas como verdade). Muitos vivem sua vida inteira sem descobrir o que trazem de especial dentro de si. Portanto, além de se defender das críticas alheias, é preciso reforçar a percepção que temos de nós mesmos, descobrindo e definindo, sem medo, o que temos de bom e especial - independente do que os outros dizem. Quanto menos reconhecemos o nosso valor, mais fracos somos contra as críticas. Ha um provérbio africano que diz: Se não há inimigo interno, o inimigo externo não pode nos fazer mal. Fonte: Jornal Valor Econômico

quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

É que a gente parece duas crianças. Um mais birrento do que o outro. Somos mimados, cheios de vontade. A gente briga, muito. A gente discute, se bate, se xinga e até dizemos que nos odiamos. Ah, se todo ódio fosse assim. Mas você acaba voltando pra mim e eu voltando pra você. É como se tivéssemos um imã. Um polo positivo atraído por um negativo. É a física. Até a natureza conspira ao nosso favor. — Querido John

segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

E o que somos agora? Sei lá, nós nunca fomos claros em nenhuma de nossas decisões. Deixávamos acumular, esperávamos um amanhã que nunca vinha, para podermos finalmente chegar àquela lógica que de alguma forma nos deixava unidos. E no fim esse dia não chegou. Não sei como ainda permanecemos juntos. Aliás, ainda estamos juntos? Aos poucos, simplesmente nos afastamos, os problemas vieram à tona e repensamos. Repensamos, e… e aí? O que repensamos? O que você repensou? Cara, somos uma imensa incógnita! Uma bagunça, uma lição de casa cheia de dúvidas deixada de lado, para ser feita mais tarde. Nunca fomos coerentes com o nosso tempo. Ou nos adiantávamos demais ou atrasávamos demais. Ou esquecíamos do que realmente importava. Então viramos essa confusão, esse nó cego. E já é impossível negar que nos perdemos no meio da nossa própria bagunça. Aquela que antes nos fazia bem, que nos abrigava e preenchia, se virou contra nós. Sabe, às vezes penso que crescemos ao enxergarmos que do jeito que estava, não iria dar certo. Mas você sempre volta, eu sempre volto. Ficamos nesse vai e vem, e nos bagunçamos de novo. E então te peço para conversar sobre aquele probleminha, sobre aquele fio solto no meio do nosso nó cego, e o que você me responde? “Deixa isso pra depois.” E eu aceito, porque não quero perder chances, perder lembranças, perder aquela conexão que não temos há tempos. Não quero perder o que fomos, e nem o que podemos ser. Eu fico, e resisto à tentação de arrumar essa zona feita pela gente. Fico e permaneço, completamente incerta se durará, tentando apenas me colocar em seu lugar, e aproveitar o momento. Fico, porque acima de tudo, eu te amo, e só vou embora organizar minha vida se for ao teu lado. — Luiza Fontes

sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

É que antes mesmo da gente ter algo, a gente já não tinha. Eu fugia e você se perdia. Fui medrosa e você foi covarde. Eu abri mão, você parou de tentar. A gente sempre foi tudo ou nada. Pra falar a verdade, a gente achava que tinha tudo, mas eramos absolutamente nada. Você sempre foi todo demente, todo idiota. Mas mesmo que a gente não tivesse nada, eu sei que você tava ali. Quer dizer, em algum momento você esteve. Você deve não saber e pode até não ter notado, mas eu tentei, Stubb. Eu tentei ficar quando você precisou, eu tentei ficar quando você não quis e até mesmo quando eu não pude. Eu abri mão de tudo pelo seu nada. Não é como se eu estivesse falando que eu deixei a vida de lado por você. Mas eu deixei tudo que era estável pelas suas duvidas. E você não tem nada demais. Você é comum, é igual. Você comete erros, faz burradas e é uma bagunça. Você não sabe ficar, você vai mas depois decide ficar. É como se você precisasse ir pra respirar, pra tentar ocupar o nada que a gente tem. Mas quando você volta, é como se se desse conta de que não dá pra preencher. Eu sempre vou porque preciso de um tudo, você sempre volta porque precisa de um nada. Eu sou quem você procura quando precisa se apoiar em algo, e você é tudo aquilo que me faz fugir quando eu preciso me apoiar em alguma coisa. É como se você precisasse fugir pra me encontrar, e é como se eu tivesse que perder você pra ter você. É algo completamente nada. É um nada difícil, complicado e complexo. É um nada que não dá pra levar, é um nada que tem alguma coisa. É algo absolutamente sem nome e sem sentido, Stubb. Mas é o que eu quero, e é o que você suporta. É o que tem pra hoje. E eu sei que você não quer uma rodada de outra coisa. — robin and stubb.
Não sei. Tuas duas palavrinhas favoritas. Tu nunca sabe de nada, nunca entende nada. É certa até quando tá errada. Não admite quando sente falta, teu orgulho te consume todinha. Tu é um problema, Robin. Eu tentei de resolver, tentei te encaixar comigo. Mas tu é difícil. Tu é tipo um campo minado, não dá pra vacilar. Tu é foda pra entender. Eu vivo errando contigo, mas sempre te provei o que eu queria. E no caso, sempre foi você. Sou foda pra conviver, sou difícil e confuso pra caralho. Sei disso. Só que você ultrapassa todos os limites de não saber algo. Você diz o que quer mas não sabe agir com o que diz. E o otário sou eu, que mesmo cheio de opções pra ir embora, sempre opto por ficar. Tento te resolver mesmo sabendo que tu não jeito. Eu sou o problema que tu pode decifrar quando quiser, mas você não. Você é impossível. Dá sempre dando as costas, tá sempre indo embora. E eu me acostumei com a tua ida, por isso te puxo de volta. Mesmo sabendo que tu fica por pouco tempo, mesmo sabendo que quando tu for embora eu vou atrás como um idiota, eu te puxo. Porque eu teimo em querer te resolver, porque eu teimo em ainda insistir em você. Posso ter muitos problemas, mas esse, com certeza, é o pior de todos. — robin and stubb.