O amor pode ser uma tortura

O amor pode ser uma tortura

segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

E o que somos agora? Sei lá, nós nunca fomos claros em nenhuma de nossas decisões. Deixávamos acumular, esperávamos um amanhã que nunca vinha, para podermos finalmente chegar àquela lógica que de alguma forma nos deixava unidos. E no fim esse dia não chegou. Não sei como ainda permanecemos juntos. Aliás, ainda estamos juntos? Aos poucos, simplesmente nos afastamos, os problemas vieram à tona e repensamos. Repensamos, e… e aí? O que repensamos? O que você repensou? Cara, somos uma imensa incógnita! Uma bagunça, uma lição de casa cheia de dúvidas deixada de lado, para ser feita mais tarde. Nunca fomos coerentes com o nosso tempo. Ou nos adiantávamos demais ou atrasávamos demais. Ou esquecíamos do que realmente importava. Então viramos essa confusão, esse nó cego. E já é impossível negar que nos perdemos no meio da nossa própria bagunça. Aquela que antes nos fazia bem, que nos abrigava e preenchia, se virou contra nós. Sabe, às vezes penso que crescemos ao enxergarmos que do jeito que estava, não iria dar certo. Mas você sempre volta, eu sempre volto. Ficamos nesse vai e vem, e nos bagunçamos de novo. E então te peço para conversar sobre aquele probleminha, sobre aquele fio solto no meio do nosso nó cego, e o que você me responde? “Deixa isso pra depois.” E eu aceito, porque não quero perder chances, perder lembranças, perder aquela conexão que não temos há tempos. Não quero perder o que fomos, e nem o que podemos ser. Eu fico, e resisto à tentação de arrumar essa zona feita pela gente. Fico e permaneço, completamente incerta se durará, tentando apenas me colocar em seu lugar, e aproveitar o momento. Fico, porque acima de tudo, eu te amo, e só vou embora organizar minha vida se for ao teu lado. — Luiza Fontes

Nenhum comentário:

Postar um comentário